Eu, particularmente, gosto muito da Johnson's Baby Loção Antimosquito. O cheiro é suave e tenho a impressão de que mesmo depois das picadas, quando passamos, dá uma aliviada na coceira e nos calombos. Mas recentemente comprei o repelente da Off. Também comprei um de citronela- não lembro a marca. Ainda não experimentei. Agora, vou dar uma lida na fórmula antes de usar. O que costumo fazer é comprar o óleo de citronela vendido nos supermercados (Wallmart e Extra) e aplicar em pontos estratégicos da casa. Também funciona, embora o cheiro seja um pouco forte. Dá para acostumar, se você fizer um esforço.
Segue a matéria da Folha de São Paulo publicada nesta quinta-feira , 03 de Março de 2011 sobre a consulta pública que a Anvisa está fazendo a respeito do uso de repelentes em crianças.
Anvisa deve controlar uso de repelentes por crianças
JULIANA VINES
DE SÃO PAULO
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve aumentar o controle sobre repelentes de insetos. A mudança visa proteger principalmente crianças, mais vulneráveis a intoxicação.
Está em consulta pública até o próximo dia 16 uma proposta que estabelece requisitos técnicos mínimos sobre segurança, eficácia e rotulagem de cremes e aerossois.
Se a resolução for aprovada, as marcas que estão no mercado terão seis meses para alterar as embalagens, que deverão informar o princípio ativo da fórmula e a concentração da substância, além de trazer alertas sobre o uso.
Já há recomendação da Anvisa para que as embalagens tenham alertas, mas isso passará a ser obrigatório.
Mesmo os repelentes com princípios ativos naturais devem ter avisos nos rótulos.
Há dois tipos de repelentes mais comuns no Brasil: os de citronela (planta aromática) e os de deet (abreviatura de dietiltoluamida), um composto químico que age nos insetos impedindo que sintam o odor humano.
A maioria das marcas tem deet na fórmula, entre elas OFF! e Repelex. Não há muitas pesquisas sobre o efeito da substância, mas sabe-se que pode ser tóxica dependendo da concentração.
"A concentração determina a eficácia do produto e também a toxicidade. A substância pode ser absorvida e causar alergias, vômitos ou mesmo alterações neurológicas como sonolência", diz Ana Paula Beltran Castro, alergologista e pediatra do Hospital das Clínicas de SP.
Quanto maior a concentração de deet, mais dura o efeito (produtos com 23% protegem por até cinco horas) e maior o risco de intoxicação.
MAIS VULNERÁVEIS
Crianças com menos de dois anos não podem usar repelente com deet. De dois a 12 anos, a concentração deve ser menor do que 10%.
"Quanto mais nova a criança, maior a absorção e o risco. É preciso pesar os benefícios e malefícios, como um remédio", afirma Kerstin Abagge, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Para Castro, repelentes devem ser usados em pequenas áreas e por pouco tempo. "Uma das principais recomendações é para não usar o produto embaixo da roupa. O suor aumentar absorção. Também não é recomendado que crianças durmam com repelente", diz Castro.
Além dos alertas, serão necessários estudos e testes de como a substância reage quando é exposta ao sol.
"Isso tudo ainda é pouco conhecido. É arriscado usar repelente para ir à praia e tomar sol", diz a dermatologista Denise Steiner.
Especialistas também não recomendam o uso por grávidas. E, segundo Castro, deve-se evitar protetor solar com ação repelente. "A frequência de aplicação é diferente."
OUTRO LADO
Segundo a fabricante Ceras Johnson, toda linha OFF! já começou a se adequar à nova resolução. Os produtos com a concentração de deet "já estão chegando às gôndolas, e muitos já podem ser encontrados no mercado."
O OFF! Family aerossol, que tem concentração de 14,24% da substância, avisa na embalagem que o produto não deve ser usado por crianças com menos de 12 anos.
De acordo com nota da empresa Reckitt Benkiser, desde 2009 as embalagens de Repelex informam que a fórmula contém deet e em qual concentração. "Talvez ainda tenha algum produto no mercado com rótulo antigo", fabricado antes da adequação à recomendação.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/883794-anvisa-deve-controlar-uso-de-repelentes-por-criancas.shtml